Nunca foi tão difícil.
Se pendemos para um lado, somos execrados por muitos.
Se pendemos para o outro lado, somos, igualmente, odiados por outros tantos.
A empatia e a compreensão foram-se água abaixo.
E isto não tem nada a ver com a catástrofe climática de chuvas contínuas que aconteceram no nosso Rio Grande do Sul.
Hoje em dia, parece que o mais importante é contrapor e fazer valer uma resposta que derrube a opinião contrária.
Foi-se o respeito às manifestações que não coincidam com as nossas.
Aonde vamos parar?
Acreditávamos que éramos seres evoluídos. Isto parece estar sendo colocado à prova continuamente.
Estamos desrespeitando os demais seres com os quais convivemos diariamente.
Quando em uma praça pública, pessoas levam, sem guia, seus cachorros e os soltam, embora o aviso, colocado na entrada da praça, diga que é proibido, o que mais fazer? E que, inclusive, haverá uma multa pelo descumprimento?
Não há, porém, fiscalização alguma.
E quando uma senhora, que gostaria de usufruir desta praça, pergunta a um senhor o que ele acha se, acaso ela seja mordida por um dos cães. Recebe a seguinte resposta:
- A senhora é a responsável.
Isto é inacreditável!
Parece que o ser humano está involuindo.
Acredita-se, porém, que as condições climáticas têm feito o ser humano repensar sua responsabilidade com o Planeta e, por consequência, com os demais seres humanos que o habitam.
Afinal, a evolução tecnológica tem que servir para melhorar as condições de vida no Planeta.
Ao que parece isso não tem ocorrido.
Aqueles seres humanos, desprovidos de caráter, têm usado a tecnologia para enganar o próximo.
Parece que os limites foram esquecidos. E, quando ultrapassados, não há punição.
Apesar, porém, dessas constatações acredita-se possível uma retomada de valores que dignifiquem os seres humanos, pois a eles pertence o Planeta, onde devem coexistir em paz e respeito mútuos.
É urgente uma conscientização dos habitantes deste Planeta acerca das condições que estão impondo ao lar em que residem.
Hoje, aquela menininha de outrora lembra de sua casa e a compara com esta outra que abriga a todos nós, humanos.
E, eis que surge o poema que segue.