Para onde está indo a nossa palavra escrita e a reflexão sobre ela?
Dedos, números, senhas e códigos são os nossos companheiros na comunicação atual?
A palavra, como elemento fundamental na comunicação oral e escrita, é algo que está perdendo espaço.
A tela de um celular é o que nos acompanha constantemente. Desde o acordar até o adormecer ela, ligada, tem estado sempre presente.
O que deveria ser um elemento útil, em caso de necessidade, tornou-se objeto do olhar constante de quem possui um celular.
Ao que parece, apenas os jornais, ainda escritos, são objeto de leitura.
E os livros? E seus autores?
Até quando existirão?
Uma leitura de um texto, de forma pausada e atenta, propicia sempre uma reflexão.
Os seres humanos são diferenciados dos animais e das máquinas, pois sempre existiram para levar o conhecimento, a experiência e o convívio entre si mesmos.
Um olhar, um aperto de mão e um encontro são insubstituíveis, assim como a leitura de um livro, cujos textos vão somando reflexões que nos levam ao enriquecimento da comunicação e da nossa vivência cotidiana.
Em um livro, o leitor sempre poderá voltar a buscar trechos que o impressionaram.
Os seres humanos não são autômatos, mas seres aptos a interpretarem o que lhes é repassado, formando opiniões diferentes.
A tela de um celular não se compara a uma página de um livro. Nela, você pode sublinhar e o sublinhado por lá permanecerá para sempre.
Não, é claro, desfaçamos a importância de um celular. A sua existência trouxe-nos mais segurança no nosso cotidiano. Ele é de extrema importância. Mas as vantagens de um texto impresso, em um livro, possibilitam que tenhamos, para sempre, a sua companhia e que possamos recorrer a ele, quantas vezes quisermos, permitindo reflexões diversas ao longo do tempo.
Portanto, use com moderação a sua tela de celular. Ela é útil, quando for necessária a você, leitor.
O que esperar de quem usa a tela durante todo o seu cotidiano, estando em trabalho ou não?
Uma modernidade necessária, porém, usada para a leitura de textos que contenham criação literária de seu autor, nunca revelará a excelência de um texto.
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