Durante a caminhada, esperar o quê?
Foi-se a época em que nossos olhos pousavam em belas imagens advindas de quem, também, exercia o direito, em segurança, de fazer sua caminhada pelo bairro onde morava. Eram sorrisos e cumprimentos de bom-dia para quem encontrávamos.
Hoje, isso não mais existe. A desconfiança e o receio de um encontro indesejado é uma sensação permanente de quem caminha pelas ruas de seu bairro. Poderíamos acrescentar que essa preocupação é permanente em qualquer bairro dessa cidade que já foi “alegre”.
É necessário acrescentar, porém, que, mesmo assim, alguns caminhantes persistem nessa prática.
É necessário que se faça frente a essa insegurança adotando comportamentos que, infelizmente, tira-nos o brilho dos olhos ao assistir seres humanos dormindo sob marquises ou, mesmo, agredindo quem ousa passar por perto.
Parece haver uma total indiferença do Poder Público a este estado de coisas. Até quando?
O cenário que atinge alguns bairros é desolador.
Temos, ainda, além da insegurança, a sujeira que se faz presente junto aos contêineres.
Em que se transformaram alguns bairros de nossa cidade!
As crônicas do nosso cotidiano, para quem escreve, está tornando-se um exercício difícil, pois coitado do leitor que lerá algo que não lhe trará satisfação alguma.
Será que os munícipes têm interesse em que sejam resolvidos tais problemas?
Diante deste quadro, o olhar de um cronista tem que cercar-se de outro olhar: o de um poeta. Para este último, talvez, haja uma luz no fundo do túnel.
Lá, onde é possível enxergar a esperança.
Quem sabe...
Segue um poema que é um desejo de ver nossa cidade voltar a ser ALEGRE novamente.