ENCILHANDO...
Gira, para e retorna o giro, freneticamente. Para um lado,
para o outro, para frente, para trás, rodopiando em direção ao golo. Por vezes,
até cai. Mas, num piscar de olhos, já está de volta, na posição que o mantém
dono da situação. É quase inacreditável vê-los, todos, em seus corcéis
mecânicos, a buscar o objetivo último: a marcação de um golo. São muito bons no
que fazem. São os times de cadeirantes que jogam basquete e o futebol 7. Não
interessam os motivos pelos quais se tornaram cadeirantes. O que a nós
interessa apreciar são as suas habilidades como atletas de nível olímpico. São
mais do que cadeirantes. São ginetes competentes no uso de suas cadeiras de
rodas. Aventuram-se, encilhados, em giros e mais giros, buscando, num campo
restrito, o objetivo maior: um golo marcado para a sua equipe. A extensão de
seus corpos lhes ajuda a vencer desafios. Ela é, na verdade, uma amiga sempre
pronta a lhes carregar. Tanto faz que seja nesses pequenos campos, onde buscam
a excelência no desempenho, quanto pela vida afora. Uma caminhada em campo
descoberto e cheio de desafios.
A apresentação de um cavalo de ferro, mecânico, na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Paraolímpicos, bem como a profusão de alegorias em metal e ferro, remete-nos, provavelmente, salvo outras interpretações, a uma caracterização da dureza, da obstinação e dos desafios que tais atletas devem enfrentar e vencer a cada dia em suas vidas. Com certeza, eles foram a expressão da capacidade e do enfrentamento que os movem.
A apresentação de um cavalo de ferro, mecânico, na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Paraolímpicos, bem como a profusão de alegorias em metal e ferro, remete-nos, provavelmente, salvo outras interpretações, a uma caracterização da dureza, da obstinação e dos desafios que tais atletas devem enfrentar e vencer a cada dia em suas vidas. Com certeza, eles foram a expressão da capacidade e do enfrentamento que os movem.
Saudemos, aqui, a todos os atletas paraolímpicos, nas mais diversas modalidades apresentadas. Em especial, aos nossos medalhistas. Foi um belo espetáculo que apresentaram. Deixaram um exemplo a ser seguido e a marca da presença de um Brasil mais competitivo.
Agora, aqui pelos pagos, a cada 20 de setembro, encilhamos nossas tradições, para que não se percam por aí. Muito mais que nossas cavalgadas, muito mais que a figura do cavalo e seu ginete, estão o amor pelo nosso chão, pelas nossas raízes, pela nossa cultura, pelo nosso povo.
Continuemos nossa jornada encilhando sonhos, num trote largo ou num trotezito, quando assim for conveniente.
Eu, por ora, continuo encilhando o mate. E isso já exige certa competência.
Paraolimpíadas 2012 –
Delegação do Brasil faz festa
Detalhando – Encilha
do Cavalo
Cavalo Crioulo – Luiz
Carlos Borges e Mauro Ferreira
Grupo Mirim Alma
de Vaneira
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