Em termos globais, o atual momento apresenta-se em ebulição. São insatisfações de toda a ordem, expressas por aqueles que ainda podem se manifestar. Aqueles que apresentam força, ânimo e condições, embora precárias muitas vezes, têm saído às ruas. A falência das instituições, criadas pela própria sociedade, é visível pelos quatro cantos do mundo. Raríssimas são as zonas de relativo conforto mundo afora. A ganância, a inépcia, o roubo institucionalizado, a desfaçatez, a hipocrisia, o engodo, os desvios de caráter e de recursos são evidentes até em lugares, anteriormente, impensáveis para a prática de tais manobras.
Cidades abarrotadas por pessoas e veículos são uma constante. Já se observa, em alguns lugares do Planeta, um retorno de jovens ao meio rural, deixando suas profissões de origem para aventurar-se onde, ao que parece no momento, as chances de emprego são maiores. O desemprego assola muitos países europeus. Os Estados Unidos já apresentam esse desastroso quadro em alguns estados americanos.
E aqui não estamos a falar daqueles miseráveis que vivem em abrigos ou em barracas, alimentando-se por conta de organizações humanitárias que lhes alcançam alimentos. E também não estamos a falar dos sobreviventes de todas as inúmeras guerras e conflitos, que os mutilaram de forma irreversível, e que se arrastam pelos monturos daquilo que foi uma urbe.
Retirar forças de onde para tanta desgraça?
Como continuar sorrindo diante de tudo isso?
Mas ter fé é preciso. E é preciso, porque isso nos ilumina e nos impulsiona. E podemos, assim, dar as mãos e agir, sonhando com dias melhores.
Aos jovens atuais grandes desafios vislumbram-se. O preparo técnico não será suficiente, pois os problemas, que afetam a sociedade, ultrapassam as fronteiras da zona de conforto que todos buscam. Será necessário um novo pacto de solidariedade, de cooperação entre todos, de abolição de ranços étnicos, religiosos, de crenças e de preconceitos de todo o tipo.
O Planeta cada vez menor em termos de distâncias aproxima-nos de forma inquestionável. E aquilo que a teoria afirma de que o que acontece lá, num cantão da Ásia, repercute por aqui: é absolutamente correto.
Diante desse quadro preocupante, caberá aos jovens encontrarem os caminhos para a revolução que se impõe. Uma revolução sem armas, uma revolução do encontro, da solidariedade, da pregação de novas ideias e soluções para os problemas que afligem a todos.
Por isso, acredita-se que a viagem do Papa Francisco ao Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude, criada por João Paulo II, vem em boa hora.
A presença de milhões de peregrinos, de todos os cantos do Planeta, em cerimônias que se sucederão, deve servir para que esses jovens transformem-se em sementes multiplicadoras em seus locais de origem.
E está mais do que na hora de os governantes, que vierem a ser escolhidos por esses jovens, entenderem que o modelo atual faliu, desmoronou. Os sistemas políticos tradicionais também faliram. E que não sejam esses novos governantes, novamente, cooptados para a manutenção de guerras que se arrastam por décadas com a mortandade de milhões de seres humanos.
E que, igualmente, não compactuem, em transações vergonhosas, com a destruição do meio ambiente como um todo.
Nesse aspecto, todos sairão perdendo, inclusive os próprios vendilhões dessas riquezas
naturais.
naturais.
A verdade é que o que está em derrocada são os próprios valores morais e éticos desse ser humano que anda por aí.
Devemos resgatar, com urgência, os cinco conhecidos valores humanos universais que são a Verdade, a Ação Correta, o Amor, a Paz e a Não Violência. Subdividindo-se cada um desses valores em outros subvalores ou valores relativos, apenas para exemplificar alguns deles, teríamos:
VERDADE – honestidade, coerência, justiça, reflexão, etc.
AÇÃO CORRETA – ética, dever, honradez, integridade, etc.
AMOR – caridade, igualdade, generosidade, compaixão, etc.
PAZ – tolerância, tranquilidade, contentamento, auto-aceitação, etc.
NÃO VIOLÊNCIA – valor absoluto, porque é o respeito a si mesmo, a todos os demais seres, coisas e leis naturais. É o espírito vencendo e se sobrepondo à natureza instintiva animal.
São esses fundamentos morais e espirituais da consciência humana que nos levarão à verdadeira prosperidade de nós próprios, individualmente, da nação e do mundo.
Essa percepção traz em si a chave para abrirmos, conforme vislumbra o Papa Francisco, através da juventude, uma janela para um futuro mais solidário e fraterno.
O Papa Francisco, pelo seu histórico, tem habilidade e perspicácia suficientes, além de carisma, para conduzir essa juventude que clama pelo fortalecimento de sua fé e de seus ideais.
E uma juventude assim conduzida só poderá dar bons frutos e ser uma excelente propagadora de um novo tempo.
Que venha o Papa Francisco! Ele que é argentino e que aprecia um bom chimarrão.
Agora, atenção! Mira, mira!
Nós, aqui do Sul, já tivemos a visita de outro Papa que se tornou gaúcho: ucho, ucho.
E que agora já é BEATO!
Quem sabe o Papa Francisco dá uma esticada até aqui embaixo.
MAS BAH!
Assistam, a seguir, como a gauchada do Grupo Estância Divina pretende aquerenciar-se junto ao Patrão Velho.
Grupo Estância Divina – Santo de Bota
Grupo Chimarruts – Em Busca da Fé (clique aqui para ver a letra)
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