Naquele galpão, Belinha ouvia os barulhos que ela própria fazia preparando a comidinha para a Mariazinha, sua boneca preferida.
O silêncio fazia parte da rotina dessa menina. Vivia pelo pátio, pelo jardim, espiando embaixo da casa e junto às árvores frutíferas.
Este silêncio era rompido pelo cantar dos bem-te-vis, dos quero-queros e de outros pássaros cujos cantos enfeitavam aquele silêncio habitual.
Acredito que esta menina, a partir deste cotidiano “silencioso”, adestrou sua audição a ouvir sons mínimos, mesmo vindos de longe.
Hoje, reconhece que o silêncio é audível e necessário para o refletir sobre tudo que a cerca.
Com ele pode-se dar asas à imaginação.
Ele permite que pousemos o olhar sobre uma tela e possamos absorver suas nuances, o significado do traçado escolhido, a expressão facial de uma figura humana. Enfim, com ele é possível olhar para uma imagem e sobre ela refletir, aflorando nossa sensibilidade à apreciação do belo.
A partir dele, também, podemos apreciar, de olhos bem abertos, o céu que nos cobre, percebendo quão pequenos somos. Imaginar e sonhar são propiciados pelo silêncio, também.
Os sonhos de Belinha eram sustentados pelo silêncio. E sua imaginação construía, então, cenários possíveis que transformariam, num futuro ainda distante, aquele galpão em um lugar mais acolhedor para uma convivência mais real e fraterna. Sua Mariazinha cresceu e representou todas aquelas pessoas com as quais conviveu por muito tempo.
Dessa forma, o silêncio, que nos acompanha, é um bem maior, pois possibilita que percebamos outros tantos bens que são importantes e que fazem parte do nosso dia a dia.
O silêncio permite que ouçamos a Sinfonia nº 40 em Sol Menor, o conhecido 1° Movimento, Molto Allegro, de Mozart, sem interrupções.
O silêncio permite que troquemos ideias com a amiga que veio nos visitar.
O silêncio, que nos permite orar, é também aquele em que ouvimos nosso próprio choro, oportunizando um refletir sobre quais motivos nos levaram a este momento.
O silêncio, que precede um beijo apaixonado, será sempre lembrado.
Aquele silêncio, imediatamente anterior ao primeiro choro do ser que acaba de nascer, é inesquecível.
O silêncio recebe, também, aquele teu conhecido visitante que vem te cumprimentar todas as manhãs em tua janela, cantando: bem-te-vi!
O silêncio permite que leias aquele poema que transborda palavras sonoramente ajustadas, fazendo dele, o silêncio, um ingrediente necessário para um sentir d’alma reconfortada.
O silêncio faz parte de nós desde antes do nascimento até o depois do apagar das luzes.
Deve ser curtido, porém, durante a nossa caminhada, pois traz inúmeros benefícios.
Serve para refletirmos sobre nossos comportamentos frente a insultos, inveja, mas, também, diante das saudações e ao apreço dos amigos, bem como às expressões de amor dos nossos entes queridos.
Sem dúvida, o silêncio pressupõe um tanto de solidão. Não muito! Basta deixar o celular off line por algum tempo.
Se tiver à disposição uma paisagem, melhor ainda. Nada sofisticado. Pode ser um fundo de quintal, uma área da qual se possa enxergar o céu.
Ah! O céu! Quantas imagens, quantos matizes diferentes, quantos tesouros escondidos nos reserva. Basta que tenhamos ou cultivemos a capacidade de sonhar. Isso vai nos alimentar com pensamentos criativos que colaboram para um bem viver consigo e com os demais.
Aos escritores e aos poetas, em especial, o silêncio possibilita a imaginação navegar por entre aquelas nuvens e, com criatividade, repassar ao leitor toda a sua emoção.
O poeta sabe como fazê-lo. A palavra poética é um remédio para a alma.
E o poeta precisa do silêncio.
Portanto, siga a receita em que o silêncio é um importante ingrediente.
O resto virá: seja você poeta ou não.
Não o temas.
Assim, deixe-se abraçar pelo SILÊNCIO.
O silêncio fazia parte da rotina dessa menina. Vivia pelo pátio, pelo jardim, espiando embaixo da casa e junto às árvores frutíferas.
Este silêncio era rompido pelo cantar dos bem-te-vis, dos quero-queros e de outros pássaros cujos cantos enfeitavam aquele silêncio habitual.
Acredito que esta menina, a partir deste cotidiano “silencioso”, adestrou sua audição a ouvir sons mínimos, mesmo vindos de longe.
Hoje, reconhece que o silêncio é audível e necessário para o refletir sobre tudo que a cerca.
Com ele pode-se dar asas à imaginação.
Ele permite que pousemos o olhar sobre uma tela e possamos absorver suas nuances, o significado do traçado escolhido, a expressão facial de uma figura humana. Enfim, com ele é possível olhar para uma imagem e sobre ela refletir, aflorando nossa sensibilidade à apreciação do belo.
A partir dele, também, podemos apreciar, de olhos bem abertos, o céu que nos cobre, percebendo quão pequenos somos. Imaginar e sonhar são propiciados pelo silêncio, também.
Os sonhos de Belinha eram sustentados pelo silêncio. E sua imaginação construía, então, cenários possíveis que transformariam, num futuro ainda distante, aquele galpão em um lugar mais acolhedor para uma convivência mais real e fraterna. Sua Mariazinha cresceu e representou todas aquelas pessoas com as quais conviveu por muito tempo.
Dessa forma, o silêncio, que nos acompanha, é um bem maior, pois possibilita que percebamos outros tantos bens que são importantes e que fazem parte do nosso dia a dia.
O silêncio permite que ouçamos a Sinfonia nº 40 em Sol Menor, o conhecido 1° Movimento, Molto Allegro, de Mozart, sem interrupções.
O silêncio permite que troquemos ideias com a amiga que veio nos visitar.
O silêncio, que nos permite orar, é também aquele em que ouvimos nosso próprio choro, oportunizando um refletir sobre quais motivos nos levaram a este momento.
O silêncio, que precede um beijo apaixonado, será sempre lembrado.
Aquele silêncio, imediatamente anterior ao primeiro choro do ser que acaba de nascer, é inesquecível.
O silêncio recebe, também, aquele teu conhecido visitante que vem te cumprimentar todas as manhãs em tua janela, cantando: bem-te-vi!
O silêncio permite que leias aquele poema que transborda palavras sonoramente ajustadas, fazendo dele, o silêncio, um ingrediente necessário para um sentir d’alma reconfortada.
O silêncio faz parte de nós desde antes do nascimento até o depois do apagar das luzes.
Deve ser curtido, porém, durante a nossa caminhada, pois traz inúmeros benefícios.
Serve para refletirmos sobre nossos comportamentos frente a insultos, inveja, mas, também, diante das saudações e ao apreço dos amigos, bem como às expressões de amor dos nossos entes queridos.
Sem dúvida, o silêncio pressupõe um tanto de solidão. Não muito! Basta deixar o celular off line por algum tempo.
Se tiver à disposição uma paisagem, melhor ainda. Nada sofisticado. Pode ser um fundo de quintal, uma área da qual se possa enxergar o céu.
Ah! O céu! Quantas imagens, quantos matizes diferentes, quantos tesouros escondidos nos reserva. Basta que tenhamos ou cultivemos a capacidade de sonhar. Isso vai nos alimentar com pensamentos criativos que colaboram para um bem viver consigo e com os demais.
Aos escritores e aos poetas, em especial, o silêncio possibilita a imaginação navegar por entre aquelas nuvens e, com criatividade, repassar ao leitor toda a sua emoção.
O poeta sabe como fazê-lo. A palavra poética é um remédio para a alma.
E o poeta precisa do silêncio.
Portanto, siga a receita em que o silêncio é um importante ingrediente.
O resto virá: seja você poeta ou não.
Não o temas.
Assim, deixe-se abraçar pelo SILÊNCIO.
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