terça-feira, 30 de abril de 2024

QUE TEMPOS!

Domingos e feriados? Nem pensar.

Sábados? Talvez.

Durante os cinco dias úteis? Com muito cuidado.

Esta é a realidade atual.

Que saudades da vila onde aquela menina morava!

Ia a pé, sozinha, até a escola não tão próxima.

Isso já faz um bom tempo!

Não tanto tempo faz, porém, que ia assistir, com a mãe idosa, a um show no Gigantinho.

Voltavam já tarde, caminhando pelas ruas próximas até a residência.

QUE SAUDADES!

A beleza da lua, que as acompanhava, era vista como um presente do céu.

Esta foi uma época em que eram vistas como seres humanos, não necessitando de códigos e números para adentrarem em suas residências.

Sentir o ar puro do entardecer, caminhando pelas ruas do bairro. Sequer pensava-se em atentar a quem se aproximava.

Éramos felizes e não sabíamos.

A jovem de ontem, despreocupada com o seu entorno, cedeu lugar a uma mulher constantemente atenta a quem se aproxima.

Será que a lua perdeu seu encanto quando esta mulher a vê no retorno de uma caminhada?

Não, seu encanto permanece. Vê-la, porém, é bem mais seguro da janela de sua casa?

Não. Melhor mesmo é que seja da janela de um apartamento com porteiro 24 horas.

E as luzes que iluminam a noite não parecem amedrontar quem se esgueira pelas ruas com o propósito de promover atos de invasão a áreas privadas.

Com certeza, não mais existirão casais que, sob o luar, trocarão juras de amor.

Aliás, a própria lua deve andar triste, pois não é mais fonte de inspiração para tais juras de amor.

Talvez, ainda, a lua seja inspiração para algum poeta.

Quem sabe um poema, escrito pelo ser amado, seja ainda bem recebido por aquela que o aguarda sob a luz do luar.

 


 

 

 

 

quarta-feira, 10 de abril de 2024

FINALMENTE!

 

Depois de anos da inexistência de participação do sexo feminino em posições tradicionalmente masculinas, observa-se, hoje, a atuação constante e louvável da mulher em vários setores antes impensáveis.

Na área dos esportes e, em especial, no futebol observa-se a ascensão da mulher.

Temos árbitras, cronistas, narradoras, debatedoras e importantes jogadoras em clubes tradicionais de 1ª Divisão, com seus times femininos, como também nas categorias Sub 17 e Sub 20.

O que chama bastante a atenção são as debatedoras que, nos programas esportivos, demonstram um conhecimento amplo da matéria.

Infelizmente, a violência nos estádios e fora deles está aumentando.

Os lamentáveis casos de agressões estão multiplicando-se a cada dia.

Isto é um saldo negativo a cada ocorrência que se observa.

É um prejuízo ao esporte mais tradicional do Brasil.

Atos ofensivos a determinadas raças e quaisquer outros que gerem agressão são deploráveis e lastimáveis.

É uma lástima que, justamente nesta fase de tanta agressão, as jogadoras estejam enfrentando estes momentos deploráveis que tem atingido nosso esporte mais popular e querido do país.

Para essas lutadoras, nossos aplausos e os versos que seguem.