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terça-feira, 8 de abril de 2025

QUE CENAS!



Deixa o vento passar.

Deixa a chuva cair.

Deixa os dias e as noites seguirem seu fluxo normal, constante e bem-vindo a todos que, por aqui, estão.

Aquela casa abandonada com um pátio, em que as árvores permanecem ainda com vida, são a prova de que a chuva é benfazeja.

Agora, outros cenários são desoladores. Uma meia dúzia de indivíduos atirados, junto a um muro, em plena Avenida Ipiranga, são um exemplo.

Tem aquele outro indivíduo que fica em frente a um restaurante, na Avenida Getúlio Vargas, olhando um senhor que almoça, para pedir “um dinheirinho” quando este deixa o restaurante. Quando é sugerido ou ofertado um emprego rejeita, não demonstrando, assim, o menor esforço para aceitar um trabalho.

Como colocar um fim a estas cenas?

Cabe aos governantes eleitos tomarem as medidas necessárias para colocar um fim ou, pelo menos, minimizar este cenário.

Aos dependentes de drogas, direcioná-los a um atendimento médico-clínico e mantê-los sob guarda em casas destinadas para isso.

Se o desocupado não fizer uso de drogas, a Polícia e a Brigada saberão como agir em caso de assalto ou importunação a pedestres, restaurantes ou casas comerciais.

Estes cenários podem ser modificados.

Os governantes têm a obrigação de buscarem soluções para este quadro desolador de miséria moral e social.

O que se percebe é que parece não haver interesse em resolver estas questões.

Os votos, de ora em diante, devem ser direcionados, em época de eleição, aos candidatos que apresentarem um mínimo de preocupação em relação a estas questões.

Estes atuais cenários devem servir de efetiva modificação pelos postulantes aos cargos de Prefeito, Governador, bem como aos demais políticos porto-alegrenses.

Este é o desejo dos eleitores de nossa Porto Alegre.

Assim, ela manter-se-á ALEGRE.









segunda-feira, 27 de novembro de 2017

PROCURA-SE...



A bala, que Amanda ainda se lembra, não é a mesma da qual se fala hoje. Nem mais existe aquela que era um sucesso entre os mais jovens.

Os campos, pelos quais Amanda se deslocava até a escola, não mais existem. E os que ainda restam, afastem-se deles por precaução.

As portas e janelas, sempre receptivas a quem chegava ou passava por elas, não mais se deixam cumprimentar, pois trancadas sempre estão.

Os coletivos onde os corpos se deixavam descansar, em que até um cochilo poderia acontecer, é ocorrência improvável, hoje, pelo pisca sempre alerta.

O som do telefone que toca não pode ser atendido de pronto, a menos que se possa saber de onde provém. Ah! Nunca pronunciar a palavra “sim”?

Em compras no supermercado, carregar os pertences pessoais na mão ou no braço. Nem pensar em deixá-los descansando no carrinho de compras.

Marcar lugar no restaurante? Apenas uma chave ou algo sem importância. Bolsas na cadeira? Abandone a ideia.

Entrar em qualquer site? Sai da frente! O perigo ronda durante o tempo inteiro.

Assistir a um espetáculo ao ar livre ou em ambiente fechado, à noite? E a volta pra casa?


Mas o olhar do Snoopy, um cãozinho Shitsu, muito querido, continua o mesmo. Não mudou.

E o sabiá cantando na janela? Permanece fazendo a sua visita diária.

O sol que ilumina nossos dias ainda é o mesmo.

As nuvens continuam esbanjando criatividade em desenhos que se perdem nos tempos.

A lua ainda aparece em noites marcantes para quem se detém a admirá-la ou, sob sua luz, acercar-se com mais paixão da pessoa amada.

Os cantos das aves matutinas e vespertinas ainda estão presentes em nossos dias.

Este é um país pródigo em riquezas naturais e pleno de pessoas que o amam e que trabalham, incessantemente, pela sobrevivência em condições dignas.

E o sorriso do filho, há poucos meses parido, é a certeza de que o amanhã existe.

E o cumprimento do vizinho é a confirmação de que não estamos sós.

PROCURA-SE alguém que atenda às expectativas de que balas se tornem balas para consumo humano novamente; de que drogas voltem às farmácias como produtos usados para debelar doenças, salvando vidas; de que armas sejam restritas a quem delas tem competência para uso e dever de ofício para usá-las, quando necessário; que possamos ir com a certeza de que voltaremos.

Terras existem e os minerais mais valiosos do planeta aqui se encontram, como o nióbio. Água também não nos falta, bem como milhões de trabalhadores em todos os segmentos da sociedade: nossa maior riqueza.

PROCURA-SE alguém que não dissimule, que não minta, que não trapaceie, que não desvie indevidamente: que não roube.

Àqueles que estão envolvidos em todos os tipos de crimes, que se encontrem os mecanismos para pôr fim a este estado de desintegração moral e social em que nos debatemos.

Que os trabalhadores, letrados ou não, se apercebam da importância de observar-se um comportamento correto de cidadão para cidadão. Isto irá refletir-se na capacidade de melhor escolher quem irá dirigir esta sociedade, que a todos deve incluir.

Que a palavra, escrita ou falada, carregue o refrão da solidariedade, da responsabilidade, do respeito, da empatia e do desejo e empenho por construir uma nação digna para os que aqui estão e para os que virão. A todo aquele que aqui nascer, a exemplo do refrão de um conhecido samba, possa:
“Amar a liberdade, só cantar em Tom Maior e ter a felicidade de ver um Brasil melhor”.

PROCURA-SE esse alguém...

E a esperança é que nos alimenta nesses dias incertos.





 Tom Maior ao Vivo