quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
QUE ATRIBUTO!
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
DESEJO...
sábado, 17 de agosto de 2024
QUANTA SUPERAÇÃO!
O convívio apresentado pelos atletas, nestes Jogos Olímpicos de 2024, é invejável. Todos buscando o seu melhor desempenho. Não importa qual país representem, a que etnia pertençam, qual a cor da pele ou quais deficiências possuam.
O convívio harmônico revela que é possível convivermos em paz. Esta é uma constatação que comprova que todo o ser humano é igual na sua essência. Aqueles que detêm o poder é que alimentam diferenças entre nós, para poderem governar de forma direcionada aos seus próprios interesses.
A superação das diferenças é algo plenamente possível em qualquer sociedade.
Quando não existe é porque não há interesse dos que estão no poder, independente de viés político.
Os atletas são uma inspiração para os que habitam este Planeta.
Os desafios dos atletas são encarados como uma possibilidade de superação da própria força pessoal. Nem por isso, porém, tornam-se algozes de seus adversários.
As riquezas pertencentes a cada país devem, obviamente, ser preservadas, mas isto não pode ser impeditivo para uma contribuição fiscalizada quando a necessidade se fizer presente em algum grupamento humano.
Os Jogos Olímpicos de 2024 marcam, de forma positiva, este momento em que alguns países enfrentam conflitos que se mantêm constantes.
Os humanos já deveriam ter superado divergências em prol de sua própria sobrevivência.
Até quando os homens suportarão tantos conflitos?
E o Planeta pedindo socorro para que não o destrua.
Já sofremos os impactos desse desleixo com aquele que nos abriga.
Há que ter, porém, esperança.
É o que nos facilita o viver cotidiano.
Para quem atenta, ao que está acontecendo com o Planeta, segue um poema.
sexta-feira, 9 de agosto de 2024
APLAUSOS!!!
quinta-feira, 4 de julho de 2024
SÃO MILHARES... SÃO MILHÕES...
segunda-feira, 27 de maio de 2024
ESPERANÇA
São milhares!
Com chuva ou sem chuva.
Problemas existirão?
Com certeza, devem existir.
Então, o que buscam? A Psicologia deve explicar.
Para quem assiste, pela televisão, e procura um motivo para tanta empolgação e participação, acredita que a busca é válida, pois os tempos estão a exigir momentos de extravasamento das emoções acumuladas.
As partidas de futebol, assistidas nos campos, são uma forma de sentir-se vivo, partícipe e, possivelmente, um vencedor.
Se assim não acontecer, vale a tentativa e o encontro com os amigos.
A amizade, atualmente, é um braço acolhedor diante de tantas incertezas, desmandos e injustiças.
Momentos extremamente difíceis que, acumulados, trazem prejuízos à saúde física e mental.
A imprevisibilidade instalou-se de forma preocupante.
Ao que parece todas as medidas necessárias com relação à natureza têm sido postergadas.
Até quando?
Aos governantes compete fazerem previsões e tomada de atitudes que evitem catástrofes.
Mesmo naqueles outros Estados, em que as chuvas não existiram, persistem problemas de ordem econômica relevantes.
Mesmo com tantos problemas é compreensível a busca pelo encontro com os amigos e por sentir-se partícipe como torcedor do clube pelo qual torce.
Momentos de descontração são necessários para que o cotidiano seja enfrentado com mais leveza.
Aplausos a quem consegue superar tantos problemas.
Que os campos de futebol continuem sendo um “remédio” saudável para a manutenção de uma perspectiva melhor para o cotidiano que segue.
Agora, não esqueçamos que, também nos estádios, a agressão entre torcedores permanece.
O que é lamentável!
Acredita-se, porém, que estes episódios tendem a diminuir com a melhora das condições do viver cotidiano.
Aguardemos, nós do Rio Grande do Sul, com ESPERANÇA!
segunda-feira, 25 de março de 2024
HAJA ESPERANÇA!
O céu azul tornou-se plúmbeo. A chuva parece aproximar-se. Agora, já os pingos descem das alturas. Fazer o quê?
As capas de chuva juntam-se a alguns pertences dentro de sacolas.
Isto, porém, não é empecilho, nem obstáculo que tire a vontade de comparecerem aos estádios de futebol deste país.
Esta paixão repousa em uma necessidade interna de extravasar as emoções retidas por tantos episódios nefastos que acompanham os seres que vivem neste Planeta.
E esta é uma observação que se pode fazer em inúmeros países pelo mundo afora.
Todos, em maior ou menor grau, estão passando por transformações que os tem deixado menos seguros em todos os aspectos.
Embora cada torcedor exerça alguma atividade laboral, ou seja um cidadão aposentado, todos, sem exceção, estão, na atualidade, sob riscos de algum tipo.
Acredito que a forma encontrada para aliviar tantas tensões seja extravasá-las através de momentos em que, junto a amigos, torcem, gritam com a possibilidade de saírem vencedores daqueles embates futebolísticos.
Se assim não acontecer, voltarão aos seus lares com a esperança de que, da próxima vez, isso poderá ser uma realidade.
E a esperança é que torna nosso cotidiano mais ameno e a nossa percepção do mundo mais otimista.
Agora, quando não conseguimos senti-la, diante do quadro político que enfrentamos, o cotidiano tem que ser recheado de muito esporte.
Ele é que nos sustenta psicologicamente, tornando nosso dia a dia menos frustrante e mais esperançoso.
Nossos aplausos a todas as modalidades esportivas, pois possibilitam nos mantermos resguardados daquela descrença que se tem feito presente no nosso cotidiano político.
Ah! Que a nossa Educação, nossa Cultura e nossos Professores voltem a ocupar aquela posição que torna um país relevante em todos os sentidos.
terça-feira, 19 de dezembro de 2023
INACREDITÁVEL!
As nuvens ameaçadoras...
A chuva anunciando que chegará logo...
O vento aumentando seu assovio...
Nada disso, porém, interfere no início das disputas por onde estejam acontecendo.
Estamos diante de um país abençoado?
Ou, quem sabe, diante de habitantes movidos pelas emoções que as diversas modalidades de esportes oferecem?
Os pingos de chuva, em minutos, transformam-se em uma chuva que persiste.
Isso, porém, não afasta os torcedores de seus clubes de futebol, porque seus ídolos estão em campo.
Compreende-se a presença dos torcedores daquelas modalidades de jogos realizados nas dependências cobertas de um clube.
Mas e a paixão maior que é o futebol?
Os campos molhados não são empecilho para os jogadores.
Um profissional, estudioso das relações humanas, deve ter, com certeza, resposta adequada para estes momentos em que a chuva persiste sobre os campos de futebol, seus jogadores e os torcedores que permanecem lá, presentes.
É claro que outros tantos povos amam o futebol.
Os brasileiros, porém, excedem todos os limites do razoável. É uma questão que a Psicologia poderia explicar.
Os problemas que se acumulam em termos econômicos, ambientais e de segurança não são suficientes para desmotivar o comparecimento aos estádios.
São milhares que comparecem a cada jogo e saem, muitas vezes, frustrados pelo resultado.
O que não os impedem de manter a esperança, para um próximo confronto, de saírem vencedores.
O que se tem observado, porém, é o nível de agressividade, nunca tão evidente, entre os competidores. E isto não tem impedido os torcedores de permanecerem fiéis aos times pelos quais nutrem uma paixão que se mantém inalterada.
Poder-se-ia dizer que o futebol é uma válvula de escape para quem busca o êxito, mesmo que não seja pessoal, mas que reforça a possibilidade de se manterem competitivos como indivíduos.
De todas as modalidades esportivas, percebe-se que o futebol é o mais presente na vida dos brasileiros.
Futebol de campo nos estádios, Futevôlei, Futebol de Areia, Futsal, Futebol Paralímpico...
Quantos mais? Há 14 variações desse esporte.
O Futebol de Campo surgiu na Inglaterra no século XIX. A Copa do Mundo existe desde 1930 e é realizada a cada quatro anos. Esta Competição Internacional de Futebol de Campo é a Copa do Mundo.
O importante não é a modalidade desse esporte, mas a multidão que ele traz aos estádios.
E, mais recentemente, o futebol feminino tem se destacado, firmando posição entre as seleções que competem internacionalmente. Ocupa, hoje, a Nona Colocação no Ranking Mundial de Seleções da Federação Internacional de Futebol.
Então, diante desses fatos, confirma-se a importância do futebol na vida do brasileiro.
Se isso conseguir manter nossos torcedores mais esperançosos em mudanças que possam acontecer no cotidiano de todos nós, já vale esta paixão.
Aguardemos...
Torcedores nadam no estádio. 27/02/2011
segunda-feira, 4 de dezembro de 2023
CONTINUEM CANTANDO...
É bom ouvi-los. Uma pausa para com eles sentir-se mais alegre.
Não importa a chuva, nem a incessante busca por comida. Os pássaros que sobrevoam aquele terreno, cuja casa foi abandonada pelos donos, fizeram ali sua morada. Suas necessidades são as básicas de qualquer ser vivo.
E as necessidades dos donos dessa casa abandonada?
E os outros tantos donos de residências próximas?
Suas necessidades extrapolam em muito às dos animais.
Somos seres complexos, produtos da Divina Criação.
E o que possuem, no momento, esses habitantes deste planeta?
Trabalho?
Proteção?
Acompanhamento?
Na verdade, nós, seres humanos, estamos atravessando momentos e situações de extrema gravidade. Nossa casa comum, o planeta, está sob fortes ameaças. E o nosso vilão maior é o próprio ser humano que, ofuscado pelo poder e por transações, que beiram o delito, prenunciam o fim da paz entre alguns povos.
Diante do quadro instalado, cabe observar como os estádios, no Brasil, permanecem lotados, em todas as modalidades esportivas, por seres humanos que ali buscam força para seguirem em frente, após vibrarem e torcerem por seus times do coração.
Creio que o nosso país seja um exemplo de como podemos despertar, em cada amanhecer, com a esperança renovada de que tudo pode ser melhorado.
É uma luta diária, mas é o que nos mantém ativos e prontos para novos desafios.
Urge que as autoridades constituídas cumpram o seu papel quanto ao estabelecimento de regras a serem cumpridas e quanto as punições por quem as transgridam. Nos estádios, por exemplo, as agressões têm se tornado frequentes entre torcedores.
Precisamos restabelecer o convívio harmonioso, na certeza de que podemos voltar a termos limites estabelecidos.
Que o cantar dos pássaros volte a nos indicar o caminho da paz, da tranquilidade e do fraterno convívio entre nós, seres humanos feitos à imagem e semelhança DELE.
segunda-feira, 4 de setembro de 2023
IMPRESSIONANTE!
Os custos de deslocamento e os valores dos ingressos têm sido absorvidos, embora digam que os tempos estão difíceis, que há falta de dinheiro.
Esta falta seria para as coisas básicas?
A alimentação é algo básico na vida de qualquer um.
Aqui, cabe ressaltar que o importante é sentir-se bem fisicamente.
Mas mais importante é sentir-se animado, com esperança de sentir-se vencedor.
Isso é o que anima milhares de pessoas.
Diante desta constatação, conclui-se que estar presente aos jogos do time do coração é o que importa.
Torcer, gritar, cantar refrãos, agitar bandeiras é o que buscam esses contumazes torcedores.
Que o psicológico seja alimentado por muita energia junto aos companheiros de time, sempre em busca do êxito após 90 minutos.
Sendo exitosa ou não a disputa, vale o extravasar das emoções.
A esperança é o que move estes milhares de torcedores.
Talvez, o cotidiano individual não ofereça esta possibilidade no momento.
As emoções são por demais importantes no viver humano.
O contato entre os seres humanos é importantíssimo na medida em que oferece possibilidades de intercâmbio de ideias.
Num trabalho formal, nem sempre é possível. E sempre haverá a disputa, mesmo velada, junto ao patrão.
Nos estádios, junto aos seus parceiros, a disputa torna-se visível aos torcedores opostos.
E é possível externar “aos gritos” o que desejamos a eles, sem qualquer dificuldade.
Claro, desde que não partamos para as agressões físicas.
Os estádios, portanto, são redutos livres para as manifestações, desde que pacíficas.
Será que, nesses momentos, as telas poderão ser esquecidas?
A dos celulares, é claro.
Essas telas têm nos proporcionado muitas informações, nem todas verdadeiras, e tristezas.
Ser vencedor, no momento, através de uma tela não é fácil.
Ser partícipe, porém, da energia que emana do grupo de torcedores, é gratificante e promissor de que a esperança de vitória se confirme.
Se não houver confirmação, ela, “a esperança”, será a última a sucumbir. E, diante do quadro de resultados apresentados pelos times, ela permanecerá para sempre, pois é quem alimenta o nosso cotidiano.
domingo, 27 de agosto de 2023
AINDA EM BUSCA...
Não são centenas. São milhares.
Em meio a tantos problemas, tantas carências, tantas cenas de agressão, há milhares de pessoas que comparecem aos estádios de futebol para lá buscarem a realização daquele sonho de ser um vencedor.
Afinal, a esperança de sentir-se vencedor é sempre o desejo de todo o ser humano.
Talvez, o importante desse sentimento seja voltar-se ao seu interior e lá buscar as respostas ao seu desejo de sentir-se vencedor.
Nesta constatação, cabe ressaltar a importância da figura do psicólogo, profissional capaz de dar o devido acompanhamento neste processo de identificação de carências e possíveis alternativas para a solução desses problemas.
Hoje, Dia do Psicólogo, devemos reverenciar este profissional que tem como missão auxiliar seus pacientes a fazerem uma imersão em seu interior para, a partir dela, trazerem à tona, pela palavra, o relato de quais sentimentos os afligem.
Nada é melhor do que falar para que os problemas, as dúvidas, os receios e os medos sejam ouvidos.
É um atendimento que requer paciência e um tempo considerável para encontrar as soluções possíveis para o retorno do equilíbrio emocional.
Daí, com certeza, a busca cessará, pois a resposta terá sido encontrada no “eu interior”.
A quem não é psicólogo cabe apenas aplaudir estes profissionais pelo importante trabalho no atendimento aos que os procuram.
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
TEMPOS IMPREVISÍVEIS?
Talvez!
Observando-se, atentamente, o que já vem sendo relatado pelos habitantes do planeta e o que os cientistas, já a algum tempo, previram frente aos estudos por eles elaborados, o imprevisível já não é mais uma afirmação correta.
As mudanças climáticas tornaram-se frequentes e inesperadas para nós, habitantes desse planeta.
Por outro lado, parece que alguns possíveis flagelos, a que estaríamos expostos, não são suficientes para que se adotem medidas de preservação do meio ambiente.
Impressiona, de igual forma, as posturas de beligerância frente a quaisquer divergências de opinião.
Agora, credo, raça, capacidade econômica e cultura acadêmica são apenas diferenciais pessoais, pois, diante de uma partida de futebol, por algum campeonato, multidões de torcedores comparecem aos campos de futebol.
A busca pelo extravasamento das emoções encontra nas torcidas momentos de descontração e convívio.
Claro que, atualmente, até nos estádios de futebol a agressividade tem se tornado mais frequente.
Para quem vai divertir-se torcendo pelo seu time, estes encontros são momentos de descontração. Perdendo ou ganhando, não importa.
Saber partícipe de um momento de competição em que suas energias estão todas voltadas para a disputa e o possível êxito, já é um sentir-se vitorioso.
Se vier a frustração da derrota, esta nova energia negativa colocará por terra aquelas que lá existiam, de algum dissabor anterior.
Dessa forma, a energia da esperança de um novo encontro futebolístico, será uma recompensa que acompanhará este torcedor pelos dias subsequentes.
Afinal, nosso cotidiano necessita desse alimento que é a esperança.
O imprevisível, aqui, continuará a existir.
Jogadores lesionados e afastados darão um caráter imprevisível aos jogos que se sucederem. Ou até as chances de golo desperdiçadas, servirão a uma possível existência da imprevisibilidade.
A imprevisibilidade, portanto, é relativa. Quando, porém, todos os dados disponíveis afastam-na, há que se atentar e mover todos os esforços para direcionar novas atitudes de preservação do meio ambiente do nosso planeta.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
ESPERANDO...
No passar dos dias, continuamos esperando.
Aquelas bombas que explodem a qualquer momento, em terras distantes, atingem os nossos olhos através das imagens recebidas.
Outras imagens estão mais próximas a nós. São aqueles seres deitados pelas ruas do bairro. Cenas constantes que chocam e nos fazem aguardar uma solução para tais situações desumanas.
Agora, aquela conhecida jovem diz cuidar por onde pisa, pois desvia das formiguinhas que circulam carregando sementinhas para o ninho.
Deveríamos nos preocupar com o outro, seja ele ser humano ou animal, pois todos estão por aqui cumprindo um papel. Aquele de fazer parte, de forma harmônica, de um todo maior de seres vivos.
Com certeza, um céu deveria cobrir, de forma límpida, aquela terra distante. Será que, por lá, a lua se faz presente? E o sol?
Não há dúvidas de que suas presenças far-se-ão visíveis. Ninguém, porém, terá paz para observá-los.
Momentos difíceis e de instabilidade que a todos nós assusta.
No bairro, a incerteza de que a caminhada possa ser interrompida por um assalto.
Alarmes que se espalham por condomínios para fazer frente às possíveis investidas de intrusos.
Mas os cuidados com os pets permanecem. O que é algo invejável, necessário e gratificante.
As máscaras protetoras contra as diversas cepas de doenças, até então desconhecidas, permanecem como requisito indispensável em meio a grupos que se encontram.
O sorriso anda escondido, pois o olhar amistoso tomou o seu lugar. O problema é não se saber quando é amistoso ou perigoso.
Os valores, reconhecidamente importantes, parecem estar em descrédito.
A praça do bairro parece ainda ser um lugar tranquilo, mas cuidado! Nunca se sabe quem está sentado próximo.
O celular é um atrativo e o seu PIX, mais ainda.
Como chegamos até aqui?
Pela modernidade? Pela inobservância dos valores morais e éticos?
Até quando?
As máquinas, que nos cercam, todas estarão nos servindo?
Elas substituíram os homens?
Será que nos servem mesmo? Se afirmativa é a resposta, então, seus manipuladores são os verdadeiros vilões. E, agora, com superpoderes, pois dispõem dessa tecnologia a seu favor.
Que tempos!
A palavra, que nos permite a comunicação, está cada vez mais confusa, dissimulada, muitas vezes, e passível de desconfiança por quem a recebe cotidianamente.
Ah! A palavra poética de um simples versejar seja, talvez, um alento nestes tempos em que a espera se tornou um desejo a alcançar-se num infinito de possibilidades.
domingo, 3 de julho de 2022
IMAGENS DE UMA OBSERVADORA
Quem entra...
Quem sai...
Quem passa...
Imagens, muitas vezes, reveladoras do humor que é percebido por quem se detém a observá-las.
Belinha sabe disso. Por isso, tem uma mesa reservada junto da parede de vidro que compõe a fachada do restaurante.
Algumas imagens são curiosas, incompreensíveis até.
A esposa que sai do restaurante e aguarda o marido em frente, por quase quinze minutos, pois o mesmo conversa com o dono do estabelecimento. E isto é frequente.
Há outros casais, porém, que adentram e saem juntos e felizes do estabelecimento.
Há quem circule, em frente ao restaurante, aguardando um possível prato de comida, ou algumas moedas quando algum frequentador do estabelecimento saia.
Algumas imagens serão verdadeiras. Outras, falsas. Quem observa, também, tem seus olhos voltados para cenas nem sempre reveladoras do que apresentam.
Aquela jovem de mãos dadas, ao que parece, não está feliz. Seu semblante está tristonho.
Alguém sorrindo não é o comprovante de felicidade.
Os seres humanos, ao contrário dos animais, são multifacetados. Não há uma certeza sobre o que realmente estas imagens indicam.
Aquela família, que apresentava imagens de ser bem-estruturada e feliz, surpreendeu a todos os vizinhos quando se desfez.
É bom observar e criar cenários que alimentam nossa criatividade. Nunca, porém, tê-los como espelhos de uma realidade nem sempre verdadeira.
A nossa imaginação cria, com certeza, caminhos diversos para imagens do nosso cotidiano.
E, ainda, não temos o VAR para checar qual a linha de demarcação da verdade, da farsa ou do embuste.
O ideal é aproveitarmos as imagens quando elas fazem parte do nosso “eu” com um outro “eu”.
Podemos, então, quem sabe, construir um cenário em que as imagens representem aquele momento verdadeiro, que nos é dado de presente, onde consigamos erguer uma sólida relação. Até, enquanto dure.
Agora, o importante é que saibamos selecionar aquelas imagens que permanecem na lembrança, as que sejam positivas, para que se unam àquelas que fazem parte do nosso cotidiano.
Aquela imagem do abraço afetuoso entre dois amigos que se encontram na praça da rua onde moram.
Aquela imagem da mãe acariciando seu pequeno filho.
O sorriso da atendente agradecendo a presença, diária, daquele cidadão, já bastante idoso, que almoça no restaurante próximo da sua casa.
A imagem da aproximação do Snoopy, cachorrinho tão querido, que busca um carinho de sua dona.
A imagem da gentileza do casal que, ao entrar no restaurante, volta-se e auxilia a senhora que, usando uma bengala, também quer entrar para almoçar.
A imagem do pássaro fêmea que traz alimento para o seu filhote, colocando-o no seu bico.
A imagem religiosa posta sobre um balcão na entrada do restaurante, que oferece uma saudação de bem-vindos a todos que adentram.
Para estas últimas imagens não precisaremos do VAR, com certeza.
Elas revelam aquilo que nossos olhos atentos e observadores captam.
E são essas imagens que nos impulsionam para o amanhã, com a esperança renovada de que, juntos, somos seres muito especiais. Portanto, poderemos fazer a diferença em momentos cruciais. Naqueles em que o amor se fizer necessário para vencermos as dificuldades cotidianas. E, quem sabe, esta energia positiva estenda-se além-mar, pois o planeta está a dela precisar.
quinta-feira, 19 de maio de 2022
MAIS?
Quantas mais?
Tempos atrás, elas eram aplicadas nas crianças após o nascimento. Algum tempo depois, quando estas crianças já estavam em idade escolar, repetia-se o procedimento.
Somos pobres habitantes que enfrentamos a própria saúde em perigo, estando o planeta, que nos acolhe, igualmente, em processo visível de desequilíbrio.
Ah! Aquele céu maravilhoso, que ainda assim se apresenta, não é mais objeto de olhares curiosos e indagadores. A imaginação, de então, comprazia-se em refletir, criando momentos de enlevo, de sedução, de um sonhar acordado.
Hoje, os olhares repousam sobre frias telas que, muitas vezes, fornecem imagens de atitudes humanas deploráveis.
Onde restou o sonho?
Sobre quais imagens repousamos nossos olhos?
Elas, as vacinas e telas, tornaram-se a prioridade em nosso cotidiano.
Um olhar poético repousa sobre imagens de quaisquer fontes. Cabe a este olhar revestir tais imagens de forma envolvente e que abrace o leitor, motivando-o a permanecer esperançoso e capaz de dialogar com o seu semelhante de forma amistosa, buscando sempre um novo olhar.
E aquelas outras?
Nem direi seus nomes.
Ainda bem que permanecemos com os olhos libertos para que possamos continuar olhando para o céu e para tantos outros olhares que se cruzam com os nossos.
Tempos que perderam o encantamento?
Encantar-se é necessário, é o que torna ameno o nosso cotidiano, é o que nos mantém esperançosos.
Nosso olhar e voz são comunicadores que nos propiciam interagir com o semelhante que conosco convive ou com aquele que cruzamos no nosso dia a dia.
Sigamos por este caminho.
É o melhor caminho para que mantenhamos nossa condição de seres humanos em evolução.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
ATÉ QUANDO?
Será que continuaremos vivendo, daqui para frente, como há poucos anos atrás vivíamos?
Um simples cumprimento voltará aos moldes daquilo que nos aproxima pelo contato, pelo sorriso, pelo olhar receptivo, pela satisfação de quem ofertava e daquele que recebia um “tudo bem”?
Esperar o quê?
Difícil é adotarmos esta nova postura de desconfiança, de receio, de controle das emoções, tipicamente humanas, neste cenário posto, sem data para acabar.
E os aromas? Nem pensar.
E os perfumes? Não mais são necessários.
Basta que inspiremos o suficiente para a respiração manter-se adequada.
Claro que a inspiração, diante dessa necessidade de se manter a respiração, deve, como material de sobrevivência, propiciar a inspiração para que nossos versos se tornem poemas. Os poetas sabem o que fazer com momentos de desalento como o que estamos a passar.
Se palavras, neste momento, são difíceis de pronunciar e de ouvi-las, lê-las são uma forma de resiliência diante do caos imposto.
Olhemos para o alto, para o céu que nos cobre, pois lá encontraremos uma força que nos manterá capazes de recriar aquelas nuvens ameaçadoras em passageiras, que se desfazem logo adiante.
E, logo, novos versos surgirão.
Afinal, a Natureza é nossa companheira diuturna. Devemos a ela nosso amanhecer e anoitecer diários.
Portanto, nosso rosto, embora parcialmente coberto, não nos transforma em alienígenas. Somos aqueles seres que, embora sob tensão, mantemos nosso emocional a salvo de maiores sobressaltos.
Temos a ELE como escudo maior e a palavra poética como expressão de nosso sentir diário.
Ela resguarda-nos de confrontos desnecessários. E, quando poética, restabelece nosso equilíbrio emocional porque expressa todo o potencial que dispomos contra as incertezas do amanhã.
A palavra constrói o hoje, que permanecerá para o amanhã, como prova de nossa capacidade humana frente às agruras que vierem a se instalar em nosso meio.
Portanto, não nos importa ATÉ QUANDO?
Embora nossas faces estejam cobertas, nossos olhos ainda fitam o céu que nos cobre e, de lá, ELE é o nosso colírio que manterá nossos olhos piscantes, buscando soluções, plenos de esperança.
ATÉ QUANDO FOR NECESSÁRIO.
Esta é a única resposta.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
VIRADA?
Um sol que ilumina esta bela tarde. Logo mais, desaparecerá.
Logo, virão a lua e as estrelas. Talvez, apenas a lua. Quem sabe, somente as estrelas.
À noite, teremos nosso sono diário, pois tudo segue uma rotina constante a que já nos acostumamos.
A cada novo amanhecer, nossos olhos abrem-se.
Este movimento contínuo revela-nos que o hoje veio de ontem. E o amanhã surgirá do hoje.
Portanto, por uma questão de ordem e para que não nos percamos na linha do tempo, criamos uma contagem anual desse tempo que nos acompanha.
Com o abrir e o fechar de olhos, diariamente, deveríamos ter uma renovação constante de esperança e a certeza de que, a cada novo dia que surge, iniciamos uma nova etapa de nossa caminhada terrena.
Portanto, esse depósito de esperança, que se faz em cada novo ano que surge, é apenas um reforço no ato de lembrarmos de que cada dia traz a possibilidade de concretização de desejos e sonhos acalentados nos dias que antecedem cada novo amanhecer.
É compreensível que dividamos o tempo em anos, considerando todas as nossas atividades humanas nos planos de trabalho, nos planos empresariais, políticos e de normas de conduta ditadas e observadas, sob pena de repreensão ou mesmo de punição para os transgressores.
Os fatos têm que serem catalogados com hora, dia, mês e ano, para que sejam observados e acompanhados, se houver necessidade, por quem detém esta função.
Agora, aquela menininha de outrora nem sabia se o calendário já tinha sido substituído. Sabia apenas que Papai Noel já tinha chegado, deixado presentes escondidos, provavelmente, atrás da porta da sala. Isto bastava.
Hoje, distante da infância querida, acredita no presente maior e melhor que lhe é oferecido, diariamente, por AQUELE que dispensa calendários, pois está presente diuturnamente. VIVER é um privilégio.
Apenas por tradição, respeitemos este apagar de luzes de um ano, considerado velho, por outro, “novinho em folha”, um termo já em desuso.
Aliás, isto prova que o tempo passa ininterruptamente. Aquela menininha de ontem acredita, hoje, que a VIRADA acontece diariamente.
São tantos os eventos felizes ou desastrosos que ocorrem ao longo dos dias e noites.
Todos eles, em sua totalidade, mudam cenários.
Para que não nos percamos no tempo desses acontecimentos, criamos as datas, tão necessárias, em que ocorreram.
Não sou contra as datas. Sou contra aguardar para depositar, em cada novo ano, toda a nossa esperança de que mudanças aconteçam no cenário com o qual convivemos.
O desejo e a esperança de mudanças têm que nos acompanharem desde cada amanhecer.
Como saudação ao novo ano que se inicia é válido este compartilhar com os amigos.
Afinal, nossa vida é regida pelo tempo.
A esperança, porém, deve ser mantida por nós ao olharmos o céu que nos cobre a cada amanhecer, esteja ele azul, cinzento, nevoento ou escuro.
domingo, 7 de novembro de 2021
QUAL DELAS?
Olhos que continuam buscando imagens. Elas estão em todos os lugares.
No céu, no chão, no pátio do vizinho, na quitanda da esquina, nas ruas por onde caminhamos, em meio ao trânsito, também acontecem.
Por vezes, depositamos nosso olhar em outro olhar. Se sorrimos, talvez, o dono deste outro olhar perceba que nossos olhos ficaram levemente franzidos. Seria uma prova do gesto de sorrir. Talvez, o aceno positivo com o polegar reforce este gesto.
Por ora, ainda podemos sorrir, embora não possamos mostrar nosso sorriso enfeitando nosso rosto.
Qual o enfeite visual, corpóreo, que ainda dispomos?
Aquele enfeite, que brota das entranhas e explode iluminando nosso rosto, está proibido por ora.
Até quando?
Olha pra mim!
Quero ver aquele sorriso maroto.
Ou, quem sabe, aquele outro meio torto.
Na dúvida, não sei bem quem é este outro.
E todo o cuidado é pouco.
Mas sorria, de qualquer jeito, porque dele preciso tanto!
O que será melhor?
Deixar de sorrir ou manter esta atitude que nos faz humanos?
Mesmo com ela, aquela que nos impede de mostrarmos a face por inteiro, acredito que, ao perseverar com o gesto de sorrir com os olhos, este será o caminho para que mantenhamos as emoções dos encontros fortuitos ou não.
Talvez, este comportamento, exigido por ora, revele a importância de um sorriso e o quão é benéfico para quem dá, quanto para quem recebe.
Este seria um aspecto positivo trazido por ela: a máscara.
Outros fatores positivos foram já, sobejamente, mencionados pela Ciência. Tudo isto levando-se em conta que sejam verdadeiros os estudos até agora realizados.
Ao que parece há nomes expressivos nesta área comprometidos com a erradicação deste vírus que, por ora, ainda assola populações pelo mundo afora.
Por mais algum tempo ainda teremos que adotá-la como salvaguarda de nossa saúde. Pelo menos, a física.
Há, porém, uma outra, de mesmo nome, que sempre existiu e continua existindo. E faz parte de alguns seres humanos.
E, com certeza, é perigosíssima. Não se mostra, não a vemos. Esta, sim, é bastante deletéria.
Um sorriso estampado, num belo rosto, pode contê-la.
Contra ela não há vacina ou qualquer espécie de remédio.
Estamos todos nós à mercê de possíveis contatos com ela: travestida de amigo(a).
É a máscara da inveja, da desfaçatez, da dissimulação, da desonestidade.
Acredito que seja fácil escolher qual a pior.
Tenho a convicção de que esta última é a pior.
A primeira foi criada para nossa proteção e tem um tempo para sua extinção.
A segunda faz parte de alguns seres humanos. Seu tempo de extinção acompanha o do seu possuidor.
A esperança é de que nós, seres humanos, ao longo do tempo, evoluamos no sentido de que se estabeleça o bem comum como meta. Dessa forma, sairemos evoluídos o bastante para seguirmos em frente, buscando o melhor para si e para o semelhante.
Todos sem aquela máscara: a escondida.