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quinta-feira, 13 de março de 2025

O AMANHECER



A noite passou rápida.

Ou foi impressão?

Momentos de descanso e de recuperação das energias para um novo amanhecer são sempre bem-vindos.

Os dias atribulados, por quem ainda trabalha, são permanentes diante das incertezas e dos desafios cotidianos.

Aqueles, porém, que não mais trabalham despertam e, ainda, procuram um sentido promissor para os dias que se sucedem.

Atividades diversas podem preencher esse novo tempo.

Agora, para muitos uma caminhada diária, pelas ruas do bairro, é uma recomendação médica bastante importante.

Como fazê-la?

Diante da insegurança, que os bairros estão apresentando, torna-se arriscado e nada prazeroso caminhar pelas ruas.

Durante os dias de semana, de 2ª a 6ª feira, ainda é possível fazê-lo. Aos sábados, talvez. Aos domingos e feriados, jamais.

Até quando isso vai persistir?

Essas são observações de quem ouve, constantemente, os receios de pessoas que gostariam de desfrutar da possibilidade diária de fazer caminhadas pelo bairro.

Recorrer a quem para achar uma solução?

Nossos governantes deveriam atentar para as dificuldades enfrentadas por seus eleitores.

Promessas? Apenas no período eleitoral.

Depois?

Outras questões tornam-se prioritárias, porque, geralmente, envolvem valores financeiros, sempre bem-vindos, por quem está no poder.

Talvez, em algum amanhecer, notícias mais alvissareiras tragam esperança de melhores dias.

Enquanto isso, os indivíduos tem que persistir em busca de soluções que tornem seu cotidiano mais ameno.

E, convenhamos, segurança de ir e vir é uma condição básica para quem ainda trabalha diariamente.

Que nossos futuros amanheceres tragam a certeza de que o nosso cotidiano oferecerá a segurança necessária para irmos trabalhar ou, apenas, passear pelas ruas do bairro em que moramos.

Aguardemos, novos dias, com esperança.













quinta-feira, 30 de agosto de 2018

UMA PARCERIA PRODUTIVA



Ele é vivo. Ele é audível. Ele permite escutar as batidas de um coração. Ele conduz ainda ao processo criador e, também, ao sono profundo.

Ele dá tempo ao tempo que se escoa. Imerso nele, sua audição torna-se extremamente sensível a qualquer barulho, embora distante.

Assim como aquela menininha, que ouvia o bater das folhas secas no chão de terra endurecida, a menina Rosinha, hoje, bate o sapatinho sobre o piso frio, só pra ouvir o barulhinho que dali surge.

Da mesma maneira, depois das bases da construção e do edifício erguido, vem o silêncio para que seus ocupantes desfrutem, em harmonia, a ocupação desses espaços.

É o desfrute de um silêncio que exigiu muito barulho anterior. O produto, porém, foi contabilizado como positivo.

O barulho é condição para que o silêncio se instale logo após, seja reconhecido e produza algum efeito.

Assim como a menininha que conhecia já tantos barulhos diversos e que, no silêncio daquela tarde, reconheceu o som da folhinha seca batendo contra o chão. O som de um silêncio que guarda, até hoje, na memória.

De igual forma, depois de um recreio movimentado naquela escolinha, um silêncio habilmente administrado se instala e todos se irmanam num silêncio produtivo.

Para que as bases do silêncio sejam produtivas o barulho é polo motivador e propulsor.

Mal comparando, seria o conhecido “depois da tempestade vem a bonança”.

Após um dia estafante, em que o trabalho, as ações, os projetos foram levados adiante, o descanso, assim como o silêncio, assumem uma posição primordial.

O enfrentamento diário das ações pessoais culmina com o produto dessas ações e o consequente desfrute de um descanso cujo agente em evidência é o silêncio.

Mas e quando o barulho, a gritaria e as promessas regurgitam dos candidatos, nos palanques, à procura das “bases”, aquelas que constroem efetivamente uma nação?

Em regra, qual é o produto após esta tempestade de promessas?

Será a bonança? Não!

Será o silêncio? Sim!

Pois, meus caros, este silêncio é o resultado destas tempestades verbais. Este não é um silêncio produtivo. Este é o silêncio do descompromisso, do esquecimento, da desfaçatez, do descaso, do puro interesse eleitoreiro. Desse silêncio não precisamos.

O silêncio produtivo é aquele que apresenta resultados efetivos, favorecendo os momentos de bonança àqueles que labutam diuturnamente na construção de um país. A esses sobra, neste momento, o silêncio necessário para que reflitam e busquem candidatos que se afastem do silêncio do dia seguinte às eleições e promovam o barulho necessário para que a construção das promessas se torne realidade. Um grito que faça a diferença: é o que se precisa. Um grito que promova condições para que o silêncio produtivo seja possível. Um silêncio capaz de assegurar um sono tranquilo, pois o renascer do dia estará garantido pelo pleno emprego, segurança, saúde e educação.

Basta de tempestades verbais, finalizadas por silêncios vergonhosos.

Agora, o que surpreende é o silêncio “das bases”, sempre procuradas, aduladas por todos os tipos de promessas.

Diante deste silêncio, que é o pior de todos, poderemos assistir à construção de nossa pirâmide social ruir, pois suas “bases” são manipuladas. Haverá, então, o silêncio dos inocentes levados pela catástrofe nacional. Silêncio e barulho produtivos andam juntos. Construir e usufruir são irmãos que nunca deveriam afastar-se. Um após o outro: para sempre. Assim, constrói-se uma nação.