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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

USE .............. COM MODERAÇÃO!

 

Para onde está indo a nossa palavra escrita e a reflexão sobre ela?

Dedos, números, senhas e códigos são os nossos companheiros na comunicação atual?

A palavra, como elemento fundamental na comunicação oral e escrita, é algo que está perdendo espaço.

A tela de um celular é o que nos acompanha constantemente. Desde o acordar até o adormecer ela, ligada, tem estado sempre presente.

O que deveria ser um elemento útil, em caso de necessidade, tornou-se objeto do olhar constante de quem possui um celular.

Ao que parece, apenas os jornais, ainda escritos, são objeto de leitura.

E os livros? E seus autores?

Até quando existirão?

Uma leitura de um texto, de forma pausada e atenta, propicia sempre uma reflexão.

Os seres humanos são diferenciados dos animais e das máquinas, pois sempre existiram para levar o conhecimento, a experiência e o convívio entre si mesmos.

Um olhar, um aperto de mão e um encontro são insubstituíveis, assim como a leitura de um livro, cujos textos vão somando reflexões que nos levam ao enriquecimento da comunicação e da nossa vivência cotidiana.

Em um livro, o leitor sempre poderá voltar a buscar trechos que o impressionaram.

Os seres humanos não são autômatos, mas seres aptos a interpretarem o que lhes é repassado, formando opiniões diferentes.

A tela de um celular não se compara a uma página de um livro. Nela, você pode sublinhar e o sublinhado por lá permanecerá para sempre.

Não, é claro, desfaçamos a importância de um celular. A sua existência trouxe-nos mais segurança no nosso cotidiano. Ele é de extrema importância. Mas as vantagens de um texto impresso, em um livro, possibilitam que tenhamos, para sempre, a sua companhia e que possamos recorrer a ele, quantas vezes quisermos, permitindo reflexões diversas ao longo do tempo.

Portanto, use com moderação a sua tela de celular. Ela é útil, quando for necessária a você, leitor.

O que esperar de quem usa a tela durante todo o seu cotidiano, estando em trabalho ou não?

Uma modernidade necessária, porém, usada para a leitura de textos que contenham criação literária de seu autor, nunca revelará a excelência de um texto.

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

REFLEXÕES PARA UM PRÉ-NATAL

 
De que mais precisa Maria?
São tantas as necessidades a rondar nesse momento. Necessita de alimentar-se adequadamente, de sentir-se tranquila, amada, protegida, equilibrada, em paz consigo e com os outros. Necessário é, também, filtrar as imagens, para que só as belas adentrem pelos olhos. E os ouvidos pedem harmonias que transmitam plácidas sonoridades a embalar desejos de mãe, para que essas repercutam no ser a formar-se. Precisa, igualmente, de silêncios para que o futuro dia a dia transcorra entre pausas restauradoras.
Casaquinhos, mantinhas, bichinhos, roupinhas e um bercinho são de grande valia nessa hora.
 
A primeira Maria, que se tem notícia, carecia de muitas dessas necessidades básicas.
Mas o certo é que a ambas seria devido esse direito: o direito de dar à luz com dignidade.
E é o que se buscou naqueles tão antigos tempos, como até hoje se busca.
 
De outro pré-natal, porém, é que se está a lembrar nessa crônica. É a época que antecede, efetivamente, o Natal. Esse período, tão festejado por todos, Marias e Josés, não carece mais de roupinhas, mantinhas, casaquinhos ou bercinhos. Comemora-se tão somente (e não é algo menor) a lembrança renovada de um ato que foi grandioso, divino, que teve apenas aquele único e eterno momento: o do nascimento de Cristo.
O que se precisa, a cada ano, é renovar aquele bercinho improvisado dentro dos corações de Marias e Josés. Que nos lembremos de que a alimentação deve ser sempre a de bons pensamentos e ações. Que o espírito da partilha e da fraternidade se consolide em escala global. Que os silêncios dispensem palavras, porque se harmonizam nos olhares amorosos que se cruzam.
Essa é uma prática que, se renovada, tende a acompanhar os dias que antecedem a um novo Natal, pois, a partir dele, ingressamos imediatamente numa nova fase pré-natal. Sua duração é bem mais estendida que a humana, pois são 364 dias para que se pratiquem todos os ensinamentos que o fruto mais importante da Cristandade semeou.
Oxalá, essas sementes continuem a germinar ad aeternum, pois carecemos delas no nosso dia a dia, no trato com o nosso irmão.
Quanto aos bercinhos, mantinhas e roupinhas, deixemos a cargo das novas mães.
Quanto aos bichinhos, brinquedinhos, carrinhos e bonequinhas, deixemos tudo nas mãos de Papai Noel, figura criada para alegrar o comércio. Época em que a cobrança de comportamentos adequados dos pequenos, para ganharem o que desejam, vem bem ao encontro do interesse dos pais!
Cobranças que, aliás, repousam em ensinamentos que guiam a Humanidade há séculos.
 
E agora, como bons brasileiros, ouçamos um cavaquinho que dá nova vestimenta a músicas natalinas, tão nossas conhecidas. Boa audição!




Músicas de Natal no cavaquinho