Quantas mais?
Tempos atrás, elas eram aplicadas nas crianças após o nascimento. Algum tempo depois, quando estas crianças já estavam em idade escolar, repetia-se o procedimento.
Somos pobres habitantes que enfrentamos a própria saúde em perigo, estando o planeta, que nos acolhe, igualmente, em processo visível de desequilíbrio.
Ah! Aquele céu maravilhoso, que ainda assim se apresenta, não é mais objeto de olhares curiosos e indagadores. A imaginação, de então, comprazia-se em refletir, criando momentos de enlevo, de sedução, de um sonhar acordado.
Hoje, os olhares repousam sobre frias telas que, muitas vezes, fornecem imagens de atitudes humanas deploráveis.
Onde restou o sonho?
Sobre quais imagens repousamos nossos olhos?
Elas, as vacinas e telas, tornaram-se a prioridade em nosso cotidiano.
Um olhar poético repousa sobre imagens de quaisquer fontes. Cabe a este olhar revestir tais imagens de forma envolvente e que abrace o leitor, motivando-o a permanecer esperançoso e capaz de dialogar com o seu semelhante de forma amistosa, buscando sempre um novo olhar.
E aquelas outras?
Nem direi seus nomes.
Ainda bem que permanecemos com os olhos libertos para que possamos continuar olhando para o céu e para tantos outros olhares que se cruzam com os nossos.
Tempos que perderam o encantamento?
Encantar-se é necessário, é o que torna ameno o nosso cotidiano, é o que nos mantém esperançosos.
Nosso olhar e voz são comunicadores que nos propiciam interagir com o semelhante que conosco convive ou com aquele que cruzamos no nosso dia a dia.
Sigamos por este caminho.
É o melhor caminho para que mantenhamos nossa condição de seres humanos em evolução.